quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Sente! Vibra! Atenção plena!

No fds depois de uma experiência bastante agradável dei por mim a vir no carro com um sorriso enorme, um coração cheio, uma alegria que vibrava mesmo (a sério!) dentro de mim. Daquelas que não sentimos todas as semanas, nem meses. Ou até sentimos e não ligamos. 
E, se calhar em resultado da minha dedicação à meditação vipassana, reparei nessa sensação. Parei e reparei no que estava a sentir. E em vez de continuar a conduzir e a pensar no que faria a seguir, no que fiz ontem e no trabalho do dia seguinte, parei e disse-me mesmo:"Sente. Sente mesmo isto. Sente mesmo o que estás a sentir. Não deixes escapar. Vibra!"
E vibrei mesmo! Não dá para explicar. 
A seguir também pensei:"Oh, isto já vai passar e vai voltar a sensação normal" e de repente, já estava a voltar ao pensamento viciado, mas... consegui voltar! E voltei e disse-me:"Mas por enquanto, APROVEITA! aproveita esta sensação! Sente-a até não sentires mais. Até se desvanecer. Concentra-te!!!"

E foi o que fiz. Consegui que a minha mente não se dispersasse em pensamentos e fosse por ali fora.

E voltei a fazê-lo ontem quando saí à hora do almoço e tocou uma música (já nem me lembro qual) na rádio. Não tinha um motivo específico para me sentir bem, mas deixei-me levar pela sensação boa que a música me causou e fiquei atenta a ela! Não a deixei escapar. Não deixei que os meus pensamentos se metessem no meio daquele "meu" momento.

Isto tudo para dizer que sinto alguma mudança desde há algumas semanas.
Não sei se será da prática diária da Meditação Vipassana, se será fruto da evolução normal da idade:), não sei. Tenho tentado estar mais atenta ao momento presente. Àquele que temos. E isso faz viver as coisas de outra forma.

Não estou a dizer que agora porque pratico este tipo de meditação que sou muito mais feliz. Não. Caso contrário, ontem não teria chorado (de cansaço mental, de desmotivação, de sei lá o quê) enquanto segurava a mãozinha linda da minha filha para adormecer. 

O que digo é que quando não me perco em pensamentos sobre o passado e o futuro, e sinto o que vivo no presente (o simples observar da estrada enquanto conduzo o carro, o simples observar o mar pela manhã, o simples sentir o ar fresco quando saio do escritório...) tudo ganha uma outra dimensão. Uma outra importância. Got it?

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